Ainda sou orgulhosa!
Caro bispo,
Tinha uma tarefa até ao final deste mês: Escrever tudo o que estava de errado dentro de mim. Para torná-lo um sacrifício maior, deveria confessá-lo ao meu líder, à srª Viviane e ao meu marido.
Custou-me a admitir, levei alguns minutos a declará-lo em voz alta no meu atendimento: Ainda sou orgulhosa!
Normalmente, não tenho problemas em admitir erros, como insegurança, medos, dúvidas… etc.
Mas este, por algum motivo, não saía…
Descobri: Estava enraizado e alimentava todos os outros.
– O orgulho leva-me muitas vezes a não aceitar o que os outros me dizem; estou sempre com a razão. Mesmo quando o meu marido me prova por “a” + “b” que não é assim, insisto na minha opinião. Os meus “desertos” são, na sua maioria, resultantes destas atitudes…
– O orgulho faz-me pensar que mereço mais e melhor, quando, na verdade, sou a pessoa mais incapacitada à face da terra e, quando caio em mim, sofro muito por reconhecer isso;
– Sou orgulhosa quando penso que as coisas têm que acontecer quando eu quero e como eu quero, quando não me esforço o suficiente ou sou negligente com as minhas responsabilidades;
– Sou orgulhosa por pensar que os outros podem sempre mais do que eu, e, por isso, devo isolar-me; “ficar na minha”. Por isto, não me faço escolhida e impeço-me de frutificar.
Bispo, tenho muitos mais erros do que estes, mas o senhor não tem tempo para lê-los a todos. Sei que mereci da sua parte toda a atenção e, por isso, estou-lhe grata.
Muito obrigado pelo vosso cuidado e carinho,
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