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Matar ou morrer

30 de October 2010

Matar ou morrer

“Pois quem é Deus, senão o Senhor? E quem é rochedo, senão o nosso Deus? O Deus que me revestiu de força e aperfeiçoou o meu caminho, ele deu a meus pés a ligeireza das corças e me firmou nas minhas alturas. Ele adestrou as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços vergaram um arco de bronze. Também me deste o escudo da tua salvação, a tua direita me susteve, e a tua clemência me engrandeceu. Alargaste sob meus passos o caminho, e os meus pés não vacilaram. Persegui os meus inimigos, e os alcancei, só voltei depois de haver dado cabo deles. Esmaguei-os a tal ponto, que não puderam levantar-se; caíram sob meus pés”. (Salmos 18.31-35)

Deus reveste-nos de força porque o fraco não tem o seu caminho aperfeiçoado, na verdade, quem é fraco tem o caminho bloqueado. Por esse motivo, Deus revestiu-nos de força para alcançarmos os nossos objectivos.

É real que os obstáculos aparecem sempre na nossa vida e, se somos fracos, não conseguimos atingir as nossas metas. Se não estivermos revestidos com a força de Deus, os nossos caminhos estarão bloqueados, mas, pelo contrário, se estivermos revestidos com a força do Espírito Santo, os caminhos serão abertos. É essa a força que nos permite alcançar o objectivo pretendido.

A vontade de Deus para a nossa vida é de que sejamos pessoas ágeis, diligentes, rápidas e não indolentes, acomodadas ou negligentes. Deus quer que estejamos num plano superior, que cresçamos e que usufruamos do melhor.

A Palavra de Deus ensina-nos que Ele fortalece as nossas mãos, o que significa com capacidade de acção para o combate e, num combate, só vence quem tem as mãos adestradas, treinadas, fortalecidas, preparadas e exercitadas. É por isso que, no CdAE, nós orientamos as pessoas para que trabalhem, estudem, sacrifiquem, dêem o dízimo, perdoem e baptizem-se nas águas, pois, com isto, estamos a adestrar as suas mãos, para que venham a vencer o combate em todas as áreas da sua vida. Isso significa que há uma guerra, luta e resistência que temos que vencer, mas, para vencer temos que ter as nossas mãos adestradas. Quanto mais usarmos a fé, mais ela se torna forte e sólida. É como um músculo, quanto mais for exercitado, mais se torna resistente e forte. Cristo disse: “O meu justo viverá pela fé”, ou seja, a sua vida depende da sua fé.

Amigo leitor, talvez pense que a sua vida depende dos seus conhecimentos, amigos, políticos, bens económicos ou da religião, não, a sua vida depende da sua fé.

Se está a curvar-se diante de uma doença, fantasia sexual, sentimento de vingança ou de uma pressão que esteja a passar no seu trabalho, quer seja humilhante ou discriminatória, é porque você é fraco. E a sua fraqueza não se deve a uma suposta falta de fé, mas, sim, à falta do exercício da mesma, mesmo vindo à igreja e crendo em Deus.

Por exemplo: caso tenha uma passadeira de ginástica em casa, se não a ligar, começar a andar, acelerar o passo e, por fim, correr, não irá queimar as calorias que deseja.

A mesma coisa é com a fé, caso não a exercitemos através da oração, do desafio, no momento da oferta ou na hora do louvor, não irá acontecer nada.

A fé é de suma importância para “dobrarmos os arcos” que há nesta vida, ao curvarmo-nos diante da miséria, dos vícios, das fantasias ou dos sentimentos, pois, quando o fazemos, o resultado é ficarmos por baixo, quando Deus quer que fiquemos nas alturas.

A nossa maior necessidade é a salvação e é através do escudo que Deus nos dá que a obteremos. Temos que cuidar e guardar o escudo da salvação.

Na realidade, Deus deseja que a nossa vida seja grande em todas as áreas e estas maravilhas acontecem apenas quando “matamos” o que nos tenta matar, seja um vício, maldição ou qualquer outro problema. Temos que “matar” esse espírito maligno que nos quer destruir através desse problema, fracasso ou decepção que nos tenta tirar da igreja e da presença de Deus.

Se sente que está a vacilar, não está a dar tudo de si na oração, casamento e no trabalho, fale com Deus, pois quem vacila não consegue “matar” o seu inimigo.

É inaceitável sermos de Deus, considerarmos-nos cristãos e desejarmos a morte. Como é que é possível uma pessoa ir à igreja e tomar anti-depressivos ou estar endividado, sendo ofertante da casa de Deus? Biblicamente falando, isso é inadmissível. Em vez de perseguir os seus inimigos, os seus inimigos é que o estão a perseguir a si. Quem é que tem de fugir? Nós dos problemas ou os problemas de nós? Os problemas é que têm de fugir de nós. Se estamos com Deus, os nossos passos e caminhos serão alargados e os nossos pés não vacilarão.

Neste domingo, vamos “matar o suicídio” e tudo o que está a querer matar-nos. O que está a querer matá-lo? O desejo de morte? Abrir mão do seu casamento? Sair da igreja? Ou fechar as portas da sua empresa?

Neste domingo, quem leva a sério a Palavra de Deus não irá morrer, mas vai “matar”! Seja qual for a dimensão do problema, ele vai ter que acabar este domingo. Nós temos que esmagar os nossos problemas, fraquezas e tudo o que coloca em perigo a nossa salvação e a nossa fé.

Se você está a rir é porque outras pessoas estão a chorar, mas, se você está a chorar é porque outras pessoas estão a rir de si!

O diabo não tem poder sobre a sua vida e você não tem que ter medo dele, pelo contrário, ele é que terá que ter medo de si. É você que irá perseguir, alcançar e aniquilá-lo.

Os problemas poderão surgir, mas Deus diz: “Superá-lo-ás porque eu estou contigo e eles vão cair a teus pés.”

Levante-se, revolte-se, espiritualmente falando e diga:

“- Eu não serei mais perseguido, mas vou perseguir porque esse é o meu Deus!”

Por seu servo em Cristo, Bp. Júlio Freitas

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