O vazio de Abraão, de Zaqueu e o seu
Nas últimas semanas, temos aprendido sobre como Abraão reagiu quando ouviu pela primeira vez a Voz de Deus, que lhe pediu que saísse de sua terra pagã… (de um passado de frustrações, tradições, traumas, humilhações, idolatria…) e ele, em obediência à Voz de Deus, saiu de lá;
Abraão nunca teve dificuldade para obedecer à Voz de Deus.
Em cada desafio e lugar a que chegava, erguia um altar ao Deus Vivo e sacrificava sobre este seus medos, necessidades, sonhos… Abraão NUNCA abandonou o altar de Deus.
Lutou com apenas 318 servos pelos cativos, libertou seu sobrinho três vezes:
– quando o adotou;
– quando foi levado cativo de guerra;
– quando as cidades foram destruídas por fogo e enxofre.
“Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, Eu Sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Então disse Abrão: Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer?” Gênesis 15:1-2
Nesta conversa de Deus com Abraão, vemos a preocupação e indignação de Abraão pelo vazio que ainda havia em sua família — não em seu interior —, vazio que permaneceu em sua vida mesmo depois de ter começado a seguir a Deus, a obedecer à Sua Voz.
Já havia se passado 25 anos e ele continuava sendo obedientemente fiel a Deus.
Até que exigiu, com confiança e coragem, o cumprimento da promessa que Deus lhe havia feito.
“Não tenho filhos”, essa foi a expressão sincera do vazio de Abraão, e ele não estava errado. Foi Deus quem lhe prometeu fazê-lo pai de muitas nações; Abraão não pediu nada…
Mas promessa é dívida. Abraão exigiu o cumprimento de Sua promessa, à medida que o tempo passava e o vazio permanecia em sua vida. “Caminhou sem filhos”, como muitos que caminham sem uma razão para viver, sem alegria, sem o Espírito Santo, sem o amor de ninguém, sem dinheiro, sem propósito, sem forças para lutar, sem perspectiva…
Mas esta não é a vontade de Deus.
Veja os versículos seguintes, Deus disse a Abraão e diz a você através deste blog:
“Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro.
E eis que veio a palavra do Senhor a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro. Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência. E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça. Disse-lhe mais: Eu Sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la.” Gênesis 15:1-2
Deus encheu os céus de estrelas, o universo… Ele não criou a Terra para que ficasse vazia, mas para que fosse habitada; assim como Ele não criou o corpo humano — sua alma, coração, casamento, família — para que ficassem vazios, mas para que o Espírito Santo os habitasse.
Uma vida vazia é sinal da ausência do Espírito Santo.
E assim como Abraão reclamou essa promessa, você precisa cobrar esta dívida que Deus tem com você, que é o Espírito Santo. Assim como Ana não aceitou um casamento de fachada, um lar vazio, um útero vazio, e ofereceu a Deus o máximo de si e pediu a Deus um filho, não aceite o vazio em vez do que Deus prometeu preencher. Qualquer vazio que haja em sua vida, Deus quer preenchê-lo. Mas tem que haver sinceridade, sede, sacrifício, busca, entrega.
Veja o que aconteceu nos dias do Senhor Jesus e Zaqueu:
“E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.” Lucas 19:2-3
Zaqueu se enriquecera ilicitamente devido a uma conduta de enganos, trapaças, desonestidades, extorsões, mas ao ouvir falar do Senhor Jesus, teve o desejo de conhecê-Lo, porque nada o preenchia e, embora tivesse seus pecados e limitações, ele buscou ver quem era Jesus.
“E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para O ver; porque havia de passar por ali. E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje Me convém pousar em tua casa.” Lucas 19:4-5
Jesus sabe dos vazios que ainda existem em seu coração — alma, família, vida, casamento…
“E, apressando-se, desceu, e recebeu-O alegremente.” Lucas 19:6
Note que a reação de Deus para com Abraão e Zaqueu e para com todos que O buscaram com sinceridade e firmeza, foi proporcional à pressa de Zaqueu de subir na árvore para vê-Lo. Ou seja, quando uma pessoa decide se entregar, obedecer, fazer o máximo de si para Deus, Ele não perde tempo também e habita nessa vida.
“E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.” Lucas 19:8
Zaqueu assumiu que as pessoas, bens, status social, amigos, riquezas não tinham podido nem poderiam preencher sua alma, sua vida…
Ao ficar de pé, deixou clara sua decisão diante de Deus e dos homens. Além disso, não fez apenas o que a lei mandava, mas fez mais, mostrando assim que estava disposto a fazer a vontade de Deus e não a sua.
“E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão.” Lucas 19:9
Por que Jesus afirmou que ele era filho de Abraão?
Porque Zaqueu imitou a fé de Abraão, valorizou a vida espiritual, a salvação acima de todas as coisas, permanecendo na dependência de Deus, e isso só ocorre quando a pessoa decide sacrificar a vida que leva, seu passado, seus sonhos, seus medos, sua vontade, seus planos, para fazer a vontade de Deus, obedecendo-Lhe incondicionalmente.
Quando Abraão, Ana e Zaqueu fizeram este pacto com Deus —“meu máximo, minha obediência incondicional, minha vida completa no altar”—, Ele preencheu suas vidas, cumpriu Sua promessa em suas vidas.
Ele te enviou hoje aqui, a este blog, para que faça um pacto com Ele também. Funcionará para você também!
Se Deus te revelar o que te oferece e te pede, vá ao Altar e faça seu voto de sacrifício voluntário a Deus; no caso de Ele não confirmar em seu espírito, não se preocupe, ainda faltam semanas.
Fogueira Santa, dia 14 de julho, quando subiremos ao Altar para apresentar voluntariamente o que Deus nos pedir.
Nos veremos na IURD ou nas Nuvens!
Bispo Júlio Freitas