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Por que me rejeitam?

25 de December 2010

Por que me rejeitam?

Um menino tinha uma cicatriz na face, por isso, as outras crianças do seu colégio não falavam com ele e nem se queriam sentar ao seu lado. Na realidade, quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa, devido à cicatriz ser muito feia.

Então, a turma reuniu-se com o professor e foi sugerido que o menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio. O professor, então, levou o caso à directoria do colégio.

A directoria ouviu e chegou à seguinte conclusão: que não poderia tirar o menino do colégio e que conversaria com ele sobre o assunto. Ficou decidido que ele seria o último a entrar na sala de aula e o primeiro a sair, desta forma, nenhum aluno veria a cara do menino, a não ser que olhassem para trás.

O professor achou magnífica a ideia da directoria, pois sabia que os alunos não olhariam mais para trás. A decisão foi levada ao conhecimento do menino e ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: que ele compareceria na frente dos alunos, na sala de aula, para dizer o porquê daquela CICATRIZ.

A turma concordou e, no dia, o menino entrou na sala dirigiu-se à frente da turma e começou a relatar: “Sabem, eu entendo-vos, na realidade, esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri: a minha mãe era muito pobre e, para ajudar na alimentação de casa, ela passava roupa para fora…”

A turma estava em silêncio, atenta a tudo.

O menino continuou: “…para além de mim, havia mais três irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.”

Silêncio total na sala.

“Foi, então, que, não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, começou a arder. A minha mãe correu até ao quarto em que estávamos, pegou no meu irmãozinho de 2 anos ao colo, eu e o meu outro irmão pelas mãos e levou-nos para fora. Havia muito fumo, as paredes, que eram de madeira, estavam em chamas e o ambiente estava muito quente…

A minha mãe sentou-me no chão, do lado de fora, e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois a minha mãe tinha que voltar para pegar a minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chamas.

Só que, quando a minha mãe tentou entrar na casa, as pessoas que estavam ali não deixaram a minha mãe ir buscar a minha irmãzinha e eu via a minha mãe gritar: ‘a minha filhinha está lá dentro!’.

Vi no rosto da minha mãe o desespero, o horror e ela só conseguia gritar, mas aquelas pessoas não deixaram a minha mãe ir buscar a minha irmãzinha…

Foi, então, que decidi.

Peguei no meu irmão de 2 anos, que estava no meu colo, e coloquei-o no colo do meu irmãozinho de 4 anos, dizendo-lhe que não saísse dali até eu voltar.

Saí de entre as pessoas, sem ser notado, e quando perceberam eu já tinha entrado na casa.

Havia muito fumo, estava muito quente, mas eu tinha que encontrar a minha irmãzinha.

Eu sabia o quarto em que ela estava.

Quando cheguei lá ela estava enrolada num lençol e chorava muito…

Nesse momento vi alguma coisa a cair, então, atirei-me para cima dela para protegê-la e aquela coisa quente encostou-se na minha cara…”

A turma estava quieta, atenta ao menino e envergonhada, então, o menino continuou: “Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todos os dias, quando chego a casa, ela, a minha irmãzinha, beija-me porque sabe que é uma marca de AMOR.”

Vários alunos choravam, sem saberem o que dizer ou fazer, mas o menino foi para o fundo da classe e, imovelmente, sentou-se.

Queria dizer que o mundo está cheio de CICATRIZES.

Não falo da CICATRIZ visível, mas das cicatrizes que não se vêem, estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas, seja com palavras ou acções.

Há, aproximadamente, 2.000 anos CRISTO, adquiriu algumas CICATRIZES nas Suas mãos, pés e cabeça.

Essas cicatrizes eram nossas, mas Ele protegeu-nos e ficou com todas as nossas CICATRIZES…

Essas também são marcas do Sacrifício.

Jesus aceita-o, não por quem você é, mas sim pelo que você é e, para Jesus, você é a pessoa mais importante deste Mundo.

Este é o presente mais Maravilho que pude receber, aceite, pois é para si também!

Espero ter colaborado em algo, Bjf