A corda de Deus
Interessante notarmos que Salomão usa a corda como exemplo de resistência.
A corda é a ferramenta mais antiga da humanidade. Sem ela não teríamos as grandes construções, nem a Arca de Noé.
Ela é a ferramenta que nos faz capaz de levantar o que não conseguimos com a nossa força e realizar tarefas que seriam impossíveis sem a ajuda desta resistente ferramenta.
“… e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” Eclesiastes 4:12
Se observarmos suas características, encontraremos três que nos ensinam grandes lições.
1 – Unidade
A corda é feita de fibras muito finas que, sozinhas, são muito frágeis. Mas quando são “torcidas” juntas, ficando unidas como uma só, se tornam muito fortes.
No Reino de Deus, quem não ajunta, espalha! Ele é como uma corda, e nós somos cada uma destas finas fibras, que se ficarmos isolados, separados da corda, somos frágeis e fáceis de se quebrar.
As lutas e tensões acontecem fora da corda também, mas se estivermos nela, seremos muito mais fortes e resistentes.
Então, o importante é fazer parte da corda!
2 – Resistência
Existem fatores favoráveis e desfavoráveis para a corda quando o assunto é RESISTÊNCIA:
- Nó – diminui 40% da resistência da corda.
Isso porque a corda precisa estar livre para se estender. O nó prende a corda e tira esta elasticidade que ela precisa.
Estes “nós” são as coisas que nos prendem e nos tiram as condições para servir a Deus (pecados, dúvidas, medos, família, trabalho, etc…).
Sempre que vamos usar um cordão e tem um nó ali, a primeira coisa que fazemos é desatá-lo. Assim é também com respeito à nossa fé.
Não permita nenhum nó atrapalhando sua caminhada.
- Emenda – não prejudica, mas só ajuda se for bem feita.
Emendar é corrigir, acrescentar ou modificar para ser maior. Às vezes, precisamos de “um pouco mais” de nós no que estamos fazendo. Orar mais, ir mais às reuniões, ler mais a Bíblia… Isso é a emenda, que se bem feita (na fé), vai ajudar a corda a alcançar mais longe.
A emenda é necessária quando o que fizemos até aqui não foi suficiente.
- Abrasão – é o principal responsável pelo desgaste da corda.
Abrasão é a agressão que a corda sofre. Se ela ficar exposta muito tempo à determinada agressão, vai se romper.
Isso são os problemas, as lutas que enfrentamos.
Problemas têm que ser resolvidos, não administrados.
Se tem que perdoar, perdoe. Se tem que pedir perdão, peça. Resolva seus problemas, não deixe sua fé exposta a nenhuma “abrasão”. Se cuide!
- Elasticidade – é a capacidade de se estender, alargar.
A elasticidade é um dos principais fatores que determinam a resistência da corda. Sem elasticidade, a corda se arrebenta muito mais fácil. É a condição de se adaptar às mudanças quando necessário. Resistir às pressões, perseguições… Só mais um pouco…
Muitos se rompem por causa da sua “rigidez”, por não ceder, por não aceitar mudanças e ações que vão exigir um pouco mais deles.
3 – Estrutura
A unidade e a resistência da corda vão definir seu uso. Para cada fim, a corda possui uma estrutura apropriada.
Não se usa linha de costura para segurar um navio, nem se usa corda náutica para o varal de roupas. Para cada função o Espírito Santo nos forma com a estrutura necessária. Muitas vezes, as situações que estão nos “torcendo” são para nos dar a estrutura que precisamos, a fim de realizar a vontade de Deus em nossa vida e por meio dela.
Não importa a intensidade das pressões, das lutas… Se estamos na corda, resistiremos, porque estamos juntos em um só Espírito, em uma só fé!
O importante é fazermos parte da corda!
Deus abençoe, Bispo!
Rodrigo Calló – V. Humaitá (ABC – SP)