O dia em que o diabo foi à igreja
Imagine um domingo na Igreja, o dia em que os filhos de Deus se reúnem para buscar ao Senhor, e, bem ao seu lado, o diabo, sentado, firme no propósito que o levou até ali.
Uns pedem pela cura, outros pela libertação do vício, outros pela união familiar, mas o diabo quer algo diferente.
Não sabemos se era domingo, mas uma coisa sabemos: por duas vezes, no dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o SENHOR (Jó 1:6 e Jó 2:1).
Repare que não se trata de um demônio de baixo estatuto hierárquico, nem de um principado, nem de potestade. Não! O próprio diabo fez questão de estar presente.
Quando a Bíblia refere a vida abençoada e a riqueza de Jó, termina dizendo que “…este homem era maior do que todos os do oriente” (Jó 1:3). Dá para ter uma ideia do que era a vida de Jó, fisicamente falando.
Afinal, qual foi a razão forte que levou o diabo a estar ali perante Deus? Uma razão apenas: o diabo estava disposto a disputar a alma de Jó com o próprio Deus. Será que o caráter de Jó era de tal modo valioso que fez o diabo ir à Igreja?
Mas o que tinha Jó de tão desejável? Ao contrário do que podemos pensar, não foram as riquezas de Jó, nem a sua vida familiar abençoada, que despertaram o interesse do diabo, mas o fato de ele ser íntegro, reto, temente a Deus, que se desviava do mal e que ainda retinha a sua sinceridade mesmo perante situações adversas (Jó 2:3).
Jó era único. Está escrito que “ninguém” havia na terra semelhante a ele (Jó 1:8 e 2:3). As suas riquezas fizeram dele o maior do Oriente (Jó 1:3).
O seu caráter fez dele um homem único em toda a terra, honrado por Deus com a menção “Meu servo Jó” (apesar de não ter obra visível). Se o caráter de um homem levou o diabo à Presença de Deus, imagine o que pode fazer uma multidão de íntegros, retos, tementes a Deus e que se desviam do mal!
Pr. César Ribeiro – Lisboa Portugal