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Qual é o perigo do fermento?

20 de August 2024

Qual é o perigo do fermento?

Veja o que diz no Evangelho de Marcos:

E ordenou-lhes, dizendo…” Marcos 8:15

Não foi um pedido, mas uma ordem.

“… Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes.” Marcos 8:15

O Senhor Jesus nunca mandou os Seus discípulos que tivessem cuidado com demônios, pecadores ou problemas, ou com incrédulos, mas sim com o fermento dos fariseus, que era a hipocrisia dos religiosos, e com o fermento de Herodes, que era o vaidoso, que fazia o que bem entendia, entregando-se aos prazeres, sem pensar nas consequências, como se nada acontecesse.

Herodes havia entregado a cabeça de João em uma bandeja devido à atração sexual que sentia por sua sobrinha. Era promíscuo, corrupto, vaidoso, soberbo, e se considerava um “deus”, intocável. Seu final foi ser comido vivo por vermes diante de uma multidão aterrorizada que o aclamava como “deus”, enquanto os demônios riam. (Atos 12:21, 22)

Veja o que faz o fermento da autossuficiência, da vaidade, do orgulho, da impunidade, de pensar que se pode fazer o que quiser com a própria vida sem sofrer as consequências. É verdade que você pode fazer o que quiser com sua vida, mas está Escrito que de Deus ninguém zombará, e cada um, seja quem for, desde o mais rico até o mais pobre, desde o mais velho até o mais jovem, desde o mais religioso até o mais incrédulo, todos prestaremos contas e colheremos o que tivermos semeado.

Herodes tinha seu fermento da vaidade e também os religiosos da hipocrisia. Jesus alertou Seus discípulos sobre o perigo destes dois fermentos, e nós também estamos sob essa ordem de Jesus, pois isso se aplica também em nossos dias.

Não podemos deixar que o fermento nos dê uma falsa aparência.
Um mesmo pão sem esse fermento não tem uma aparência atraente e apetitosa. E assim são muitas pessoas, preocupadas com o que vão pensar ou dizer delas, ou com sua posição na Igreja, ou com como as pessoas as veem.

Você e eu não devemos nos preocupar com o que os outros pensam, mas com o que Deus pensa sobre nós. Essa é a fé inteligente. Que nos faz estar sempre avaliando para que a falsidade — hipocrisia e soberba — a vaidade, não nos contamine.

O fermento é a mentira, a falsidade, a falsa aparência. E o contrário do fermento é a verdade, a sinceridade, a simplicidade que Jesus disse que devemos ter, como crianças.

Quando Jesus estava abençoando as crianças e elas se aproximavam dEle, os discípulos quiseram afastá-las e repreenderam os pais, e Ele repreendeu os Seus discípulos e disse: “Deixai os meninos, e não os impeçais de vir a Mim, porque dos que são como estes é o Reino dos Céus”. E depois pegou uma criança, colocou-a entre os adultos e disse que para entrar no Reino dos Céus os adultos precisam ser como uma criança. Infantis? Não! Puros, sinceros, humildes, obedientes.

A essência da criança é a pureza, a transparência, não tem malícia nem maldade.

Nós podemos chegar a 70 ou 100 anos mantendo um coração puro, sem o fermento dos fariseus ou o de Herodes. Vivemos em uma sociedade em que nos meios explode o fermento de Herodes, a vaidade, querendo corromper. Há vaidade em tudo para que você se compare com os demais, para lhe dizer como deve viver e o que deve fazer, aonde deve ir e com quem deve se relacionar. Assim é nossa sociedade: fermento de Herodes — vaidades.

Se permitirmos que esse fermento entre, aí estará nossa queda, nossa desgraça, porque vamos demonstrar estar bem e ter uma fé conquistadora, mas será de aparência, enquanto estamos apagados por dentro.

Quais são as coisas que combatem o fermento da religiosidade e o de Herodes?

VERDADE – A verdade é sinceridade, Deus busca os sinceros, o sincero pode ser o pior pecador, mas assume.

SACRIFÍCIO – O sacrifício diário de negar a si mesmo. Não é o sacrifício monetário ou o de trabalhar ou estudar todos os dias e cuidar da família, que fazem parte de nossas responsabilidades, mas o que Jesus mencionou: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”.

PERSEVERANÇA – Perseverar no que é correto que somos e no que fazemos para Deus, meditando, buscando, jejuando, evangelizando, negando-nos… Isso é tão importante que Jesus associou a Vida Eterna com a perseverança: “Mas o que perseverar até o fim, esse será salvo”. Não basta começar, é preciso completar.

HUMILDADE – Para reconhecer nossas falhas, confessar, abandonar, pedir perdão. Não é fraqueza reconhecer o erro, ao contrário, isso demonstra força espiritual, mental. Mas quando não se reconhece, torna-se soberbo.

CONFIANÇA – Em Deus que vai nos justificar no momento adequado. Quando sofrer injustiças, suporte, porque Deus deixará em evidência quem é injusto e quem é justo. O justo sofrerá por um tempo, mas, se permanecer firme, Deus o justificará e ficará claro quem é quem. A injustiça faz parte da vida, mas quem se mantém firme e persevera servindo com alegria e confia que Deus o justificará, prevalecerá e glorificará a Deus com seu testemunho. Quanto maior for a humilhação, maior será a exaltação.

OBEDIÊNCIA – A obediência incondicional a Deus e a Suas Ensinaras. Quando obedecemos provamos que acreditamos no que está Escrito. Temos nossa vontade, nossa humanidade, nossas necessidades, mas quando obedecemos incondicionalmente, até sem vontade, mesmo sem entender, Deus nos justifica como fez com Abraão. Quando obedecemos demonstramos que acreditamos que a Vontade de Deus é Boa, Agradável e Perfeita e que Ele tem a última palavra e fará o que o dinheiro, os especialistas, o conhecimento bíblico, os diplomas, a posição na sociedade, os negócios e os bens não podem fazer.

GRATIDÃO – Reconhecer que Deus nos tirou das trevas e nos livrou da morte quando ainda estávamos perdidos em nossos pecados e delitos, porque Ele sabia que quando conhecêssemos a Verdade, a aceitaríamos e a praticaríamos. Deus demanda muito a gratidão, que reconheçamos que Ele nos perdoou, que nos ama apesar de nossas imperfeições, que acredita em nós, que quer nos usar, que prometeu nos dar Seu Espírito.

Se não há gratidão, o fermento entra. Se não há obediência incondicional, uma pitada de fermento — hipocrisia é suficiente para contaminar toda a massa — fé. Sem gratidão entra a desobediência, a soberba, a acomodação, as desculpas, e somos reprovados. Isso é tão certo que quando Deus tirou Seu povo da escravidão, criou um Estatuto pelo qual deveriam sempre lembrar de onde Deus os havia tirado, para que fermento espiritual nunca entrasse:

Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo.” Êxodo 12:17

Em outras palavras: “Guardai-vos do fermento, vosso pão não terá beleza, aparência apetitosa nem o sabor que desejariam, porque assim era a vossa vida no passado, mas foi assim que Eu vos amei e vos libertei e entrei em Aliança convosco, e aceito-vos como estais. Não aceito fermento em vós. Eu Sou sincero, como vou aceitar que sejais hipócritas Comigo? Eu Sou o Criador e não dependo de nada nem de ninguém e vos abençoo em tudo. A única coisa que peço é que reconheçam que são criaturas e Eu o Criador, que Eu não dependo de vós, mas vós de Mim. Não vos tornem soberbos com o fermento de Herodes, não sigam por esse caminho que vos afastará de Mim e vos destruirá completamente”.

Este é o alerta de Jesus a quem Ele ama.
E para concluir, veja o que está escrito no versículo 7 do capítulo 5 de 1 Coríntios:

“Purificai-vos, pois, do velho fermento, para que sejais nova massa, como realmente sois, sem fermento.” 1 Coríntios 5:7

Em outras palavras: Se entrar um fermento não se afaste da Igreja, nem negue a fé, nem volte ao mundo. Se detectou fermento, religiosidade ou hipocrisia em sua maneira de falar, de orar, de ofertar, de evangelizar, de ver os outros, de vir à Igreja, não é para que se torne inimigo de Deus, mas para que o retire.

Quando Deus revela o fermento, não é para condená-lo, mas para que o retire e de você saia algo novo, um homem ou uma mulher novos, um culto novo, uma adoração nova, um serviço novo, uma evangelização nova, uma oferta nova, uma vida nova, com alegria, amor, entrega.

“Porque ainda Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado”. 1 Coríntios 5:7

Na noite em que foi traído, Jesus tomou um pão ázimo, puro, que não tinha beleza, agradeceu, partiu e deu aos Seus discípulos. Jesus sempre foi sincero, sempre desagradou a muitas pessoas, até mesmo aos Seus próprios irmãos nascidos de Maria e José, porque Ele falava a verdade, que incomoda, mas liberta.

“Por isso, celebremos a festa, nem com o fermento velho nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento, os pães da sinceridade e da verdade.”. 1 Coríntios 5:7

Enquanto Jesus estava na cruz, eles celebravam a Páscoa e comiam. Celebravam a libertação física, mas não a espiritual, porque rejeitavam o Messias, o Filho de Deus que havia vindo para dar Sua vida ao mundo. Não O aceitaram, Sua Palavra não entrava neles porque tinham fermento religioso e alguns também o de Herodes. Eles condenaram a Jesus.

Cuidado com o fermento, porque assim como eles eram humanos e imperfeitos, nós também somos, é fácil condenar e difícil reconhecer e praticar.
Como combater na prática o fermento?

MENTIRA X VERDADE

EGOÍSMO X SACRIFÍCIO

INCONSTÂNCIA X PERSEVERANÇA

ORGULHO X. HUMILDADE

MALÍCIA X CONFIANÇA

DESOBEDIÊNCIA X OBEDIÊNCIA

INGRATIDÃO X GRATIDÃO

 

Conte-me sua experiência ao ler esta mensagem. 

Nos veremos na IURD ou nas Nuvens! 
Bispo Júlio Freitas 

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