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A semente (cont)

7 de January 2011

A semente (cont)

E atenção que seremos também perseguidos. ‘Mas, Bispo, eu não sou perseguido, existe algum problema?’ Sim, um problema gravíssimo. Eu duvido do seu cristianismo e da sua fé, porque toda a pessoa que vive a fé segundo Cristo é perseguida. Se não o é, é porque nega ou esconde a sua fé. E isso é muito perigoso, porque não é perseguida pelos incrédulos e pelo mal, mas está a ferir profundamente a Deus, porque está a negar a sua fé. ‘Sabe Bispo é que não quero problemas com os outros’. Mas não é uma questão de querer ou de criar problemas, é uma questão de viver a sua fé. E se viver a fé implica ser perseguido/a, então, estou apto/a para pagar o preço. O que não deixa de ser justo é ser perseguido/a e criticado/a por roubar, mentir, adulterar e praticar o que é mau; mas se está a ser perseguido/a por praticar o que é bom, então, levante a sua cabeça e diga: ‘Deus, eu não mereço ser perseguido/a, por praticar a Verdade e por Te servir, pois, é um privilégio. Muito obrigado!’ É uma honra sermos perseguidos por vivermos a fé, por fazermos o que é honesto, por sermos verdadeiros, transparentes e sinceros.

As tribulações, tentações e dificuldades existem, mas é para que as superemos e para que venhamos a amadurecer com as mesmas, a aprender com os nosso erros e a ser melhores seres humanos.

“O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera” (Mt 13.22).

Então, existem também aqueles que ouvem a Palavra, que tal como a semente que cai entre os espinhos e que cresce, mas depois é sufocada, ficam mais preocupados com os bens materiais e com as coisas físicas do que com as espirituais. Temos pessoas na Igreja que enquanto estavam economicamente bem, embora não sendo bem-sucedidas e ricas, estavam na fé, mas que, depois, que enriqueceram e se tornaram famosas, deram as costas para Cristo. Então, pergunto-lhe: de que é que adiantou o dinheiro, a fama, o luxo e a riqueza? Alguém dirá: ‘é melhor, então, ficar pobre, mas com Deus.’ Mas, não é isso que diz a Bíblia, mas sim que você tem que ser rico em Cristo. Você tem que ser uma pessoa equilibrada e entender que há tempo para chorar e para sorrir, de guerra e de paz, de semear e de colher, de escassez e de fartura, tendo você que ser fiel em ambas as circunstâncias. O que não pode é você deixar-se corromper, levar pelo apego às coisas materiais e negar a sua fé. Tal como muitos disseram, na última semana de 2010: ‘ah! Durante todo o ano não pude buscar a Deus devido ao trabalho’. E agora até têm dinheiro e prosperidade, mas a família está destruída, estão doentes, viciados e com medo da morte. De que adiantou, então, dedicar todo o ano à empresa e ao trabalho e ter medo da morte, estar perturbado/a, perder a família e não ter paz?

As coisas com Deus têm que ser conquistadas e estabilizadas, para não se perder o que se conquistou, porque se só se conquistar mas não se estabilizar, então, irá perder. Portanto, tem que conquistar e estabelecer, e, assim, nada jamais será roubado de si.

“Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um” (Mt 13.23).

Ou seja, aquele que ouve a Palavra de Deus, aceita-a, pratica-a, neste ano de 2011, irá multiplicar-se por 100. Cem pessoas da sua família, 100 seus conhecidos estarão aqui e terminarão o ano de 2011 do seu lado, ao seu redor. Quer dizer, através de si outras pessoas irão conhecer a Cristo e aceitarão a Palavra de Deus. Você vai multiplicar-se por 100, 60 ou por 30.

Mas pergunto eu: ‘é mais fácil influenciar um desconhecido ou um conhecido? Um conhecido ou um familiar?’ Um familiar! E você vai multiplicar-se, essa é a minha oração sincera e é o que vamos determinar, aqui e agora: que não somente você tenha paz, equilíbrio, saúde e prosperidade neste ano de 2011, mas também toda a sua família.

Por seu servo em Cristo, Bp. Júlio Freitas

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