Coração enganador: 7 fatos que você precisa saber
“Ouça a voz do seu coração”. Com certeza, você já deve ter ouvido alguém disparar este conselho. Mas será que o melhor caminho é este mesmo? Confira abaixo 7 perguntas e respostas que você precisa saber sobre este assunto.
1) O coração é associado aos sentimentos, a qualquer um deles. Ainda assim, “siga o seu coração”, “faça o que o seu coração manda” ou “ouça a voz do seu coração” são alguns dos conselhos mais citados por aí. Esta é a melhor maneira de se conduzir a vida e fazer escolhas?
O coração humano é considerado e nomeado pelo próprio Deus, que o criou, como enganador (Jeremias 17:9, Mateus 6:21, por exemplo). Ele nos deu o coração para a alegria, a paz, o amor, a gratidão, a ternura, que são sentimentos puros, Divinos. Mas, não para ser seguido, obedecido. Quem segue o coração, segue as emoções que são passageiras e na sua grande maioria, 99% das vezes, enganadoras. Seguir o coração é ignorar os fatos e sofrer as dores das consequências. Muitos seguem o coração quando traem o cônjuge, o que acaba com a destruição do casamento; tudo por uma fantasia emocional, sentimental, sexual. Outros por causa das emoções enganam os pais. Como consequência, os pais perdem a confiança no filho, há um rompimento dos laços familiares. Ainda há aqueles que são violentos nas palavras e nas ações, agem pelo impulso, de forma descontrolada. Resultado: tragédias, acidentes e até a morte.
2) Como não ser “guiado pelo coração”?
Todos nós temos sentimentos, mas a diferença está em ser ou não comandado por eles. Basicamente, é a pessoa não ser comandada pelos sentimentos. É colocar, seja o ciúme, o medo, a raiva, a ansiedade, a inveja, de lado, focando nos fatos, sabendo ouvir a outra pessoa, entender o acontecido, analisar as circunstâncias para, então, decidir com a razão (e não com o coração) o que tem de ser feito, gostando ou não. É a única forma de nós comandarmos o nosso coração e não sermos comandados por ele.
3) Como colocar razão acima da emoção?
Focando nos fatos e não no que sentimos ou ouvimos. Para isso, nós temos que saber ouvir, analisar os prós e os contras e calcular as consequências das nossas reações diante daquela decisão, a escolha que tomaremos ou o que faremos.
4) A fé emotiva tem enganado e ceifado a muitos. Com relação a isso, como cada um pode se avaliar?
A fé emotiva é a fé que quer sentir emoções. Seja durante a mensagem da Palavra de Deus, seja na oração, seja na sensação de “arrepios”, seja na busca, na adoração, no ato de chorar, sentir isso ou aquilo. Isso tudo é muito perigoso. Porque a fé viva e inteligente não sente, ela é certeza e não sentimentos ou emoções que passam.
5) Quais seriam os sinais visíveis de uma fé emotiva?
A pessoa quer sentir, ela não quer obedecer. A fé racional, a fé inteligente, é obediente (independentemente de sentir algo ou não). Ela faz o que tem de ser feito, que é a vontade de Deus.
6) Como ouvir a voz da fé?
Por meio da leitura e meditação da Palavra de Deus. A voz da fé viva é uma certeza de que vai acontecer o que está escrito e ponto final. Não há “mas” e nem “se”. A voz da fé é uma convicção pessoal de que nada e nem ninguém (nem as circunstâncias mais adversas) podem nos fazer duvidar. O coração, a alma, devem estar limpos para se tornar Templo do Espírito Santo.
7) Como se tornar apto para isso?
Analisando-se e reconhecendo os próprios erros, falhas, pecados. Como por exemplo: malícia, dúvida, orgulho, ansiedade, hipocrisia, promiscuidade, infidelidade, mentiras, invejas, desculpas. Humilhando-se perante Deus em oração sincera, pedindo perdão e se comprometendo em não voltar mais a cometer os mesmos erros. Perdoando-se e perdoando a quem lhe ofendeu, decepcionou, humilhou. Parando de ficar se lamentando, chorando, olhando para trás e vivendo cada dia como se fosse o último dia de existência. Se prontificando em servir a Deus por meio do ganho de almas, buscando os perdidos, ajudando os sofridos, resgatando os extraviados, priorizando sempre a Salvação pessoal, que é sua vida com Deus.
Nos veremos na IURD ou nas Nuvens!
Bispo Júlio Freitas.