Os anônimos da Obra de Deus
98% dos serviços que envolviam o serviço a Deus e ao Seu povo era visível: a vestimenta do sacerdote, dar acesso ao Tabernáculo e, posteriormente, adentrar o Tabernáculo, receber os ofertantes, inspecionar as ofertas, interceder pelo ofertante, sacrificar os animais e colocá-los sobre o Altar de Sacrifício, pegar a brasas do Altar de Sacrifício e levá-las ao Altar de Incenso.
Todo esse serviço ao Deus-Vivo era visível e admirado por todos. Mas, havia um serviço que não era visível, porém, fundamental. Esse serviço era realizado pelas noites, no oculto do Tabernáculo e, depois, no Templo. Qual seria esse serviço? Está curioso? Pois bem, vou te revelar: era manter a luz da Menorá (um Candelabro de sete braços) aceso durante a noite e o dia. Eram 24 horas ininterruptamente. Vejamos:
“Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira, batido, para o Candelabro, para que haja lâmpada acesa continuamente.” Levíticos 24:2
“Tu pois ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para o candeeiro, para fazer arder as lâmpadas continuamente. Na tenda da congregação, fora do véu que está diante do testemunho, Arão e seus filhos as porão em ordem, desde a tarde até a manhã, perante o Senhor; isto será um estatuto perpétuo para os filhos de Israel, pelas suas gerações.” Êxodo 27:20,21
Esse serviço era tão simples, mas, ao mesmo tempo, tão importante. Pois, os sacerdotes (servos do Deus-Vivo) não poderiam deixar de forma alguma a lâmpada do Candelabro se apagar. Por quê? Já explico mais adiante…
Para que não acontecesse do Candelabro se apagar, eles deveriam estar despertos durante a noite para ir repondo o azeite nas copas do Candelabro, na medida que esse elemento sagrado ia sendo consumido, diminuindo…
Como ainda não havia despertadores naquela época, a única forma de se manterem despertos para a execução santa e precisa desse serviço ao Deus-Vivo era mantendo-se despertos ficando em pé, em constante movimento.
Talvez, você esteja se perguntando: “Fazendo o que durante toda a noite?”
Investindo no seu relacionamento pessoal com Deus, através da leitura, meditando, intercedendo pelo povo do Altíssimo, louvando e adorando ao Deus-Vivo.
Por que Deus nos revelou, trouxe à minha atenção, esse serviço anônimo da Sua Obra? Creio que pelo fato de alguns Obreiros, Auxiliares de Pastor, acharem, erroneamente, que os serviços e servos anônimos são menos importantes ou não merecem o cuidado, atenção, dedicação e santidade como os demais que aparecem aos olhos de todos. Como por exemplo: os que realizam e participam dos programas de TV e rádio, evangelizando, atendendo as pessoas, realizando reuniões.
Quero que você desperte para o perigo de ignorar o fato de que todos esses serviços mencionados acima são dependentes da Luz (entendimento, direção, inspiração, poder, comunhão com o Espírito Santo). Sem essa Luz estamos nas trevas. E, mesmo que estejamos na Igreja, nós acabamos colocando em risco a nossa Salvação e a Salvação dos que estão ao nosso redor e comprometendo a seriedade, a disciplina, a santidade da Obra de Deus.
Por favor, leia em voz alta o versículo seguinte:
“Eis aqui, bendizei ao Senhor todos vós, servos do Senhor, que assistis na Casa do Senhor todas as noites.” Salmos 143:1
Os servos bendizem ao Senhor pelo fato de O servir, e não O maldizem. A exemplo de alguns que maldisseram o serviço ao Senhor, porque acharam que não era importante.
Limpar a Igreja, o banheiro. Organizar o quartinho de arrumos. Não deixar que o jornal, os folhetos, da Igreja fiquem jogados, estragando. Visitar os afastados que ninguém se deu conta. Realizar a higienização das mãos das pessoas. A organização das cadeiras para a próxima reunião.
Tudo o que fazemos na Obra de Deus, para Ele, é motivo para bendizermos e jamais, em tempo algum, maldizermos.
Se os outros agradecem ou não, reconhecem ou não, não importa. O que importa é que fizemos para Deus e não para os outros verem e reconhecerem.
“Levantai as vossas mãos no Santuário, e bendizei ao Senhor.” Salmos 134:2
Aqui vai outra orientação do Espírito Santo: levante as mãos no Santuário. Isso significa: não fique armado, de braços cruzados ou para baixo, desmotivado, fraco, triste… Não, não, não… Levante as mesmas mãos que foram usadas para libertar, levantar os caídos, orientar os perdidos. Elas devem ser erguidas em louvor e adoração ao nosso Deus para bendizê-Lo no Seu Santuário.
Repare que as mãos (ações que foram vistas pelos outros do lado de fora do Santuário no “serviço visível”) devem ser erguidas no oculto em rendição, dependência ao Dono desta Obra, o Senhor dos Exércitos. Caso contrário, tudo o que fazemos e que aos olhos dos outros parece ser bom, aos Olhos de Deus pode ser mau – por falta de comunhão, louvor e dependência dEle. Como o Senhor Jesus afirmou: “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniquidade.” Mateus 7:23
Continuando em nossa meditação: “O Senhor que fez o céu e a terra te abençoe desde Sião.” Salmos 134:3
Os que servem a Deus não esperando reconhecimento, no anonimato, louvam a Deus e há uma bênção específica para estes que prestam serviço à Casa de Deus. Mas especialmente aos que não aparecem aos olhos do povo e das autoridades da própria Obra.
Era um serviço durante a noite, aos olhos somente de Deus, que era manter o Candelabro aceso, que significa: ter prazer em se relacionar com Deus, independentemente das pessoas ao redor, das circunstâncias…
Eles não tinham despertador, então para se manter acordado a noite toda. Eles ficavam em pé, sempre em movimento, buscando sempre fazer algo a mais…
Pense nisso.
Nos veremos na IURD ou nas Nuvens!
Bp. Júlio Freitas