Proibido de entrar no Templo

O Templo representava o próprio Deus e todos os seres humanos tinham o direito de buscá-Lo, porém, havia uma classe de doentes que não estava autorizada a entrar no Templo… estes eram os leprosos, mas, por que motivo?

Eram seres humanos que, de modo algum, pediram para ser leprosos. Alguns, por terem convivido com leprosos, tinham contraído a doença, mas outros não tinham culpa alguma por estarem doentes. Mas, ainda assim, por que motivo não era permitida a entrada de leprosos no Templo? O que continha a lepra que impedia a pessoa de se apresentar diante de Deus? A LEPRA representava o pecado da INCREDULIDADE que tem o poder de, pouco a pouco, ir consumindo o ser humano, torturando-o de dor.

Jesus, porém, viu a beleza do leproso, a qual era alheia ao resto do mundo, pois Ele conseguia ver a sua alma. E todos nós, aos Olhos de Deus, em alguma altura da vida, já fomos leprosos. Segundo as Escrituras Sagradas, quando não vivíamos a Palavra de Deus e desconhecíamos a Verdade, éramos mais “feios”, diante de Deus, que qualquer imagem de um doente com lepra. Os meus e os seus pecados, tornavam-nos, simplesmente, horrorosos e fedidos! E é isso que faz o pecado, ele corrói, tem o poder de desfigurar o ser humano, de manchá-lo ao extremo de ele não ser bem-vindo na Presença de Deus. E quando falo em pecado, não estou apenas a referir-me aos capitais, como roubar, adulterar ou cometer homicídio, suicídio. Para Deus, não existe ‘pecadinho’ ou ‘pecadão’, pecado é pecado, seja ele qual for. Para Deus, a mentira é tão grave quanto o homicídio, por isso Jesus chegou ao ponto de afirmar que quem mente é filho do diabo (Jo 8.44).

Mas, o que tem isto a ver connosco? Diz a Bíblia:

[floatquote]“Aconteceu que, estando ele numa das cidades, veio à sua presença um homem coberto de lepra; ao ver a Jesus, prostrando-se com o rosto em terra, suplicou-lhe…” (Lc 5.12)[/floatquote]

Este homem, leproso, sabia que não seria bem-vindo no Templo, em locais públicos ou sequer à beira da estrada, mas ele também sabia que conseguiria aproximar-se de Jesus e prostrar-se diante d’Ele. Isto revela uma coisa, que todo o pecador tem a oportunidade de chegar-se à Presença de Deus, basta reconhecer, disponibilizar-se ou buscar esse encontro e o próprio Espírito Santo marcá-lo-á, pois ninguém está mais interessado em purificar ou salvar o leproso que o próprio Deus! O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, para ser templo do Espírito Santo e não de lepra.

Observe que foi o leproso que foi até à presença de Jesus e não o contrário e é assim que tem de ser, pois, Ele disse: “Vinde a Mim…”. Ele já fez a Sua parte, vindo ao mundo, dando a Sua vida, deixando-nos o Seu Espírito, a Sua Palavra e os Seus servos. Por isso, hoje, Ele espera que você e eu venhamos até Si, com toda a nossa lepra (pecado, erros falhas e imperfeições), seja ela qual for! Com certeza foi doloroso para aquele homem, com o corpo coberto de lepra, ajoelhar-se e prostrar-se com o rosto em terra. Mas, nem por isso ele deixou de se humilhar, prostrando-se diante do Único que podia não apenas curá-lo, mas, o mais importante, salvá-lo.

Na verdade, aquele homem sabia que se Jesus não o curasse, ele estaria condenado à morte, pois a lei assim o ordenava. Por isso, ele assumiu a sua fé em Jesus, ao dizer:

[floatquote]“… Senhor, se quiseres, podes purificar-me…” (Lc 5.12). [/floatquote]

Ele estava consciente de que apenas Jesus tinha o Poder para o tornar puro, por isso, contrariamente ao que todos diziam, que Cristo não era o Messias e sim um falso profeta, aquele homem, leproso, teve fé, acreditou! Cristo, naquele momento, revelou que não apenas tinha o Poder, mas que também desejava curá-lo:

[floatquote] “E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo!” (Lc 5.13). [/floatquote]

E note que Ele, em primeiro lugar agiu, estendendo a mão e só depois falou, reiterando a ação com a resposta: “Quero!”. Cristo disse àquele homem e diz-nos a todos nós: “EU POSSO E EU QUERO!”. Ele faz, age e cumpre com o prometido!

Continua amanhã…

Te vejo na IURD, ou nas Nuvens!